Eu você... E ela (Capítulo 4) - Final

Felizes são os corações que se encontram, se fazem e comungam de um amor único...

IV


Com o almoço chegando ao fim, só restava a mim beber lentamente os ultimos goles da minha Coca-Cola. O Dan estava sentado a minha frente na grande mesa retangular, e tudo isso só fazia piorar as coisas... Era quase inevitável não olhar para ele, era simplismente inevitável não querer tocar sua mão como a muito tempo eu não tocava. Ele me olhava confuso, perdido. Apelando a mim o que nem ele tinha certeza querer.
Beijos, abraços e muita etiqueta forçada. Assim fui me despedindo aos poucos dos convidados, quando o pai do Daniel me chamou:

- Monique! Minha querida, como você vai voltar para casa? - indagou. - Seu pai parece está muito afim de ficar.
- Aah tio, eu vou de Táxi.. - Ri. - Vim preparada, não esperava que meu pai fosse ir agora, mesmo.
- Mas nem pensar! Eu tenho 3 filhos e não adimito que nem um deles sirva para nada! - Meu coração acelerou e eu já sabia o que viria. - Daniii! Meu filho, me faça um favor, leva a Nique pra casa?

Ele olhou em volta, mais uma vez como quem procura a namorada. Ela não estava em lugar algum.

- Claro! - Afirmou sorrindo.

Dentro do carro o clima estava escruciante. Eu queria falar, mas não sabia o quê. Minhas mão se mexiam de um lado pra o outro. Tentei ligar o rádio várias vezes seguidas mas não conseguia de tanto nervoso.

- Desista, tá quebrado. - Disse o Dan aparentando certo desconforto.

Meus olhos encheram de lágrimas, a tensaão corria pelas minhas veias e eu explodi:

- Por que você faz isso comigo? - uma lágrima caiu. - Nós tivemos um passado lindo, na época eu não tinha certeza do que sentia por você, mas tivemos momentos verdadeiros. Você tem uma nova namorada, com os mesmos ideias e provavelmente com um futuro igual ao seu. Então por que me tenta? Por que me olha como se quisesse voltar? Como se implorasse por mim quando está com outra?
- Se é isso mesmo que você pensa, por que aceitou a maldita dessa carona? - Disse se alterando levimente.
- Porque sabia que o táxi ia demorar - pausa - ... e-eee tambem porque não importaria o quanto eu dissese não, seu pai iria insistir. Quis pular essa parte...

Meu corpo queimava. Eu queria jorga-me a ele, mas ao mesmo tempo a razão trazia o ódio a minha cabeça e eu sentia vontade de voar em seu pescoço. Silêncio, silêncio, silêncio...

- Mas e você, por que aceitou DAR a carona? - soprei em um sussurro quase mudo.
- Pra ficar perto de você.

Um filme inteiro passou à minha cabeça. Tudo parecia confuso. Por um instante pude sentir a Terra girar. Fechei meus olhos e sentia a respiração dele. Ele se aproximava, se aproximava, se aproximava... Até que seus lábios tocaram os meus e eu voei.

Não fazia ideia do que iria acontecer após disso. Mas nesse exato momento. Eu nunca tive tanta vontade de viver um presente eterno.

Leia: