Eu, você... E ela (Capitúlo 3)

Insegurança é o pior dos sintômas do ciúmes. Chega a ser até divetido ver aquele que se rebaixa por quem ama quando se está em uma posição, digamos assim, superior... Em vantagem.

III

Por quase um instante eu jurava que era ele que em puxava pelo braço. Pude até sonhar por breves segundos com um beijo repentino, mas a vida não é um conto de fadas e quem me puxava era a namorada, Renata.

- Monique, será que podemos conversar por um instante? - Disse toda falsinha.
- Claro! - Respondi na mesma expressão.

Fomos em direção ao banheiro, achei estranho mas parecia apropriado para o que se seguiria.

- Olha não me interessa o que você e o Dan tiveram no passado, mas eu quero que você fique longe dele. - Disse penetrando em meus olhos. - Supera, ok!?
- Insegurança ou não? - Falei olhando para ela.
- O que?
- Qual é o seu problema Renata? Eu sou a colegial e você a adulta de 22 anos, é você a namorada dele. - Falei sinceramente sem abaixar a cabeça. - O que eu tive com o Dan está no passado, já era e não existe.
- Ainda bem que você sabe. - Afirmou secamente.
- Não vamos enverter os papeis, a colegial aqui sou eu! - e saí.

Não suportava ficar mais nem um instante no lavabo com ela, quer dizer a situação não poderia ter ficado mais rídicula... " O almoço já está pronto!", avisou a mão do Daniel interrompendo minha linha de raciocínio. A mesa estava composta apenas pelos pratos, copos e talheres, e a comida estava no aparador. No estilo a la americana.
Eu, achando que a Renata fosse recuperar a postura me enganei. A situação só ficava pior: ela agarrando o Dan na frente de todo mundo, achando que estava arrasando e eu sentada em uma roda de doutoras e doutores, falando sobre os problemas socias do Brasil e suas causas. Mas tudo só tomou uma amplitude maior, quando fui levar meu prato à mesa e senti uma mão passar na minha, era o Daniel. E mesmo sem olhar pra tras pra ver seus olhos, sentia que ainda me seguia com os mesmos e que aquele não foi um mero toque..Assim se fez um ciclo de olhares secos e toques arrepiantes.

Alguma coisa me dizia que a festa ainda não estava acabada, que o intervelo do show já havia passado e as cortinas tardariam a fechar se eu não me intregasse ao papel principal.



...e dia 4 de maio o último capítulo