Azul

Esse que nasce clarinho pedindo carinho aos meus olhos marejados de sono, sempre me diz para viver. Diz-me que sonho é coisa de vida real e que eu sou a fada do sol nascente que sempre deve voar para o norte, sabendo a hora de parar para dar a mão.

Esse que vai dormir manhoso, sempre me aconselha a ser forte. Ensina-me que toda escuridão dói, mas que é preciso perseverar pra se iluminar de luzes difusas. Estas às vezes vem de algum lugar, sem vir de lugar algum. Então tudo o que você precisa é acreditar.

Esse que me ilumina os olhos, tambem me faz promessas. Jurou-me uma vez que se eu parasse de chorar, me daria um presente: o meu próprio pedacinho do céu. Eu não queria parar o choro, mas ele me pediu confiança. Pediu-me que tivesse paciência e eu acreditei.
Desde então eu espero pelo pedaço que me deixe voar, que susse minha alma e me mantenha sonhando em tom de azulzinho. Eterno e sempre.

*Geente ganhei em 1º lugar, o concurso literário do meu colégio que é avaliado pela Academia Baiana de Letras. Esperem pelo conto. Talvez eu não o post e coloque um link para que voces possam lê-lo.